Bem a diferença está em eu ver-te mesmo como um diário. És
como um poço de segredos, o poço dos meus segredos e sabes ás vezes eu tenho
medo, medo de fazer mal em depositar tanto em ti, a minha mãe sempre me disse
que há coisas que mais ninguém precisa de saber, coisas que podem perfeitamente
ficar para nós. Eu consigo guardar para mim, consigo mas adoro falar, adoro ter
alguém em quem posso confiar, alguém que esteja ao meu lado para me ouvir o problema
é que ás vezes acabo por falar demais e dou conta disso. Antes de falar eu
penso, penso se irei fazer bem ou mal mas és tu, que mal poderia ter?! (tanto mal como dizer a outra pessoa qualquer).
Todos nos descuidamos, todos erramos, todos mentimos. Ás
vezes é difícil calar, outras vezes sai-nos da boca para fora e só depois é que
percebemos que deveríamos ter estado calados.
Bem, as palavras tem muito peso em nós, ás vezes são inofensivas
mas nós nem sempre entendemos a mensagem outras vezes são palavras a mais. Sabes,
eu falo porque gosto de informar, informar quem caminha ao meu lado, quem merece
saber. Saber de quase tudo, o problema muitas vezes é saber demais. Problema
meu, mais uma vez.
Eu só não quero esconder nada, quero falar mas falar de
coisas que acho necessário, prefiro contar o que não é importante só por jogar
pelo seguro, para que depois não se saibam por outros meios ou pessoas, prefiro
ser eu! No fim eu posso dizer, “eu disse.” E em contrapartida o outro diz-me “descobriste”.
É um jogo? Será que a ideia é andarmos todos a brincar ás ‘escondidinhas’?
Só uma coisa, eu posso ter
entrado no jogo mas estou desde o inicio á procura de factos reais, da
realidade. Bastam de ilusões, ninguém vai ser perfeito assim, aliás ninguém vai
ser perfeito, ninguém o é.