"Falar sem aspas, amar sem interrogações, sonhar com reticências, viver e ponto final."

sexta-feira, 21 de setembro de 2012


Eu sei que para lá deste céu negro, preenchido por nuvens ameaçadoras, tempestades aflitivas, chuvas e ventos fortes, existe um mundo melhor que este, existe o ‘lado bom’. Eu acredito na subsistência de um céu azul, limpo, onde paira o sol, onde os passarinhos se fazem ouvir emotivamente, onde as flores se encontram cheias de cor e de vida. Eu acredito naquele mundo que é o meu. Porque dentro de mim é como se o sol brilhasse, como se os passarinhos cantassem, como se as borboletas voassem. É que por fora até posso aparentar ser aquela pessoa flácida e/ou indolente mas por dentro… por dentro há qualquer coisa que me faz crer nesse mundo melhor. Talvez um ‘alguém’. Alguém que me dá vida, luz, inspiração. Alguém com uma capacidade enorme de me fortalecer, de me deixar no auge, alguém que me segura pra que eu nunca caia, alguém que caminha ao meu lado, que me aperta o atacador para eu não tropeçar. Alguém que cuida de mim, lindamente, alguém que me conhece verdadeiramente. Alguém como tu. Muito provavelmente tu, mesmo tu! 

Sofia.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012


Eu confesso que ao início tive medo, medo de começar uma nova viagem, uma nova etapa só porque o meu corpo pedia, o meu coração mandava e tu merecias. Pensei que seria realmente bom para os dois e que era isso que nos ia manter unidos, e foi, disso eu tenho a certeza.
 Foi tão bom que acabamos por adormecer imensas vezes nas nuvens, voamos juntos como dois pássaros livres. Deixamo-nos levar pelo vento, conhecemos bastante um do outro, demos conta de pormenores que apareciam ao longo da viagem. Tomamos conta do carinho que nos acompanhou e levamos o amor bem guardado nas nossas malas de viagem. Tudo era nosso, parecia mágico. Vimo-nos como nunca antes nos tínhamos visto, senti-me bem, confortável contigo e comigo mesma.
Mas as coisas boas não duram muito nem para sempre. Algum dia esta ida às nuvens teria que acabar e os pesadelos começar. São tudo fases da vida às quais, juntos, sempre conseguimos ultrapassar.
A aterragem foi sempre brusca e sempre o será. Sair do paraíso para voltar ao inferno é algo que nos custa imenso.  
A verdade é que temos a nossa maneira de continuar, de agir, de lidar com os problemas, Aquela maneira que torna as coisas mais fáceis e faz com que seja tudo ‘passageiro’ ou, pelo menos, com que tudo se pareça com tal.