"onde foi que ficámos?, onde foi que nos deixámos ficar?, 

não me serve este mais ou menos que nunca me serviu, ouviste bem?, não me serve este mais ou menos que nunca me serviu, 

o amor quando nasce é para todos e é bom que saibas disso."

PF

O fim de semana à porta. É tão bom espreitar e já conseguir ver o sábado, começar a planear um dia maravilhoso no meio de livros, papéis, família e sol e mar! 

Tenho saudades de sentir a areia nos pés, saudades de correr para a água para arrefecer os pés que queimaram na areia escaldada! Quero sentir os lábios salgados, o bikini húmido, o corpo a chorar gotas de água salgadas (exatamente como lágrimas). 

Foi de facto uma semana cansativa, de nervos à flôr da pele e, portanto, existe a vontade de, num fim de semana, vingar-me de cinco dias tristes! Quero a felicidade total, a loucura total e a coragem, se possível total também. 

Quero a coragem de dar o passo em frente, como se me atirasse para mergulhar no mar! Quero a luz ao fundo do túnel, como se fosse o sol bem alto a brilhar! Quero fugir de ti, que me consomes, como se fosse a correr para o mar a fugir da areia que queima! Quero dias bons, dias de extrema felicidade, como quando estavas ao meu lado! Quero esses dias, mesmo que lá não estejas ou não queiras estar! Podia querer-te a ti ou, se calhar, devia querer-te a ti com quero tudo isto; desejar-te como desejo a felicidade imensa mas não! Prefiro estar sozinha. Prefiro-me a mim, de momento. Prefiro não te querer comigo, do que ficar a querer-te para sempre. 

Já me magoei uma vez, já me iludi algumas vezes e, agora, prefiro a verdade! E quando tu a preferires também, aí sim, podes vir comigo!

"Sossega-me mas não me deixes em paz, por favor!"

É incrível como, até mesmo quando estás tão perto, eu sinto saudade.

O pensamento ganha asas, o tempo voa com os pensamentos e eu, para não variar, eu paro no tempo! No meio disto tudo, o melhor é mesmo ter-te ao meu lado! Ter o carinho, o mimo, o aconchego do teu abraço, o colo confortável, as mãos suaves, o sorriso!

Acredito que a sorte está na base de muita coisa (se não for de tudo), e acredito cada vez mais nisso desde que apareceste na minha vida! No meio de todo o cansaço, és provavelmente o que mais me distrai e alivia de toda esta rotina aborrecida.

Quando a gente tem de ser feliz, somos felizes!

MAS... existe sempre um "mas" e, infelizmente, nós não fugimos à regra.

É lamentável quando essa onda de felicidade acaba, é triste as coisas terem de mudar tão repentinamente e, de repente, já só nos olharmos e desviarmos o olhar quando eu me apercebo que me estás a ver e tu te apercebes que eu te estou a ver a ti!

Habituei-me a ti mas, como se costuma dizer, não podemos fazer sempre a vontade ao corpo. E se os meus pés caminharem para ti, eu rapidamente irei mudar de direção porque, honestamente, preciso controlar-me para te poder ter controladamente. Preciso de te esquecer por um pouco, para não me esquecer de mim. Preciso de me desapegar de ti, para me poder abraçar a mim!

"O drama de amar é amar-te!"

"Não sei a mulher que sou, mas sei a mulher que não sou. Não sou a mulher que se esconde nos tachos, a mulher que se cala nas horas, que se entrega ao embuste da segurança, à fraude suportável de ver passar o tempo. Não. Não sou. Não sou a mulher do fado e das lágrimas, a mulher do enfado e das rotinas, dos sonhos que se arrastam pelas esquinas. Não. Não sou. Não sou mulher de sorrisos quando existe a gargalhada, de aldeias quando existe o mundo. Não sou nem um milímetro menos do que aquilo que posso ser, e se um dia cair foi porque tentei saltar e não porque preferi aceitar."

Prometo Falhar, Pedro Chagas Freitas